1 LITRO DE LÁGRIMAS

FICHA TÉCNICA

Conhecido como: Ichi Rittoru no Namida / One Litre of Tears / A Diary with Tears

Gênero: Escola, Romance, Família

Episódios: 11

Emissora: Fuji TV

Exibição: 11/10/2005 à 20/12/2005

Horário: Terças - 21 h

Músicas: Only Human (K), Konayuki e 3/9 (Remioromen)

Elenco: Sawajiri Erika (Ikeuchi Aya), Yakushimaru Hiroko (Ikeuchi Shioka), Nishikido Ryo (Asou Haruto), Jinnai Takanori (Ikeuchi Mizuo), Narumi Riko (Ikeuchi Ako) e Fujiki Naohito (Mizuno Hiroshi)

SINOPSE

O dorama retrata a vida de Ikeuchi Aya, uma garota alegre que mora com sua família em uma pequena casa que também é uma loja de tofu, produzido por seu pai. Ajudando em casa ainda tem a mãe, que é enfermeira, e seus três irmãos menores: a rebelde sem causa da família Ako, o garoto fã de futebol Hiroshi e a pequena Rika. Aya acabou de terminar o Ensino Fundamental e fará uma prova para entrar no concorrido colégio Higashi.

Enquanto corre para fazer sua prova, Aya se desequilibra e é ajudado por Haruto. Ele também estava tentando entrar no mesmo colégio de Aya, mas decidiu de última hora não fazer a prova. Querendo ajudar a garota, ele a leva de bicicleta até o colégio, e se vê obrigado a realizar os exames. Os dois acabam passando e inclusive estudarão na mesma sala. 

Por conta das quedas de Aya, sua mãe Shioka a convence a fazer alguns exames. O médico logo percebe do que se trata e avisa à mãe que sua filha tem a Degeneração Espinocerebelar. Depois de muitas pesquisas sobre a doença, Shioka conta a seu marido sobre o problema da filha.

Sem saber da doença, Aya segue atarefada no colégio. Ela é nomeada representante de sala junto com Haruto, despertando a inveja de algumas colegas. Ela também se dedica ao clube de basquete do colégio e acaba se interessando por Yuji, um veterano do clube de basquete masculino.

Uma das primeiras decisões de Aya como representante é selecionar uma música e reger o concurso de coral composto pelos alunos da sala. Durante esse período, ela começa a sentir que algo está errado em seu corpo. Alguns movimentos que ela executa não saem como o esperado.

Chega o dia mais angustiante para Shioka. A mãe revela a filha que ela possui uma doença sem cura. A princípio Aya se desespera, mas tenta se mostrar forte e aprender a conviver com a doença. Seu neurologista solicita que ela escreva um diário relatando seus problemas de coordenação motora.

Mesmo gostando de Yuji, Aya fica extremamente balançada com o carinho e a personalidade de Haruto. O rapaz é filho de um neurologista que trabalha no hospital em que Aya se trata, e sofre por pressão familiar. Afinal, seu irmão mais velho morreu e seus pais depositam nele todas as esperanças da família.

Conforme a história avança, quem assiste percebe que Aya vai piorando. Os pequenos tropeços começam a se tornar tombos sérios, alguns com necessidade de internação. A família inteira precisa se adaptar as limitações de Aya, mas sempre o fazem de uma maneira alegre para não demonstrar fraqueza.

No colégio, Aya também encontra muitas dificuldades. Ela precisa da ajuda constante dos outros para subir e descer as escadas. Durante as aulas não consegue copiar tudo a tempo, e com isso atrapalhando o andamento das aulas. Um das cenas mais chocantes é quando ela entra na sala, a procura de um caderno, e houve seus colegas dizendo que não a querem estudando com eles.

Vendo as dificuldades enfrentadas pela família, Aya decide ira para uma escola especial. Antes de partir, ela faz um discurso emocionante aos colegas e ao professor. Ela diz que, para conseguir ir até a frente da sala e contar sobre sua doença, foi necessária muita coragem e chorar cerca de um litro de lágrimas.

O dorama avança até o final da vida de Aya. Perto da sua morte seus relatos começam a ser publicados em uma revista. Esses textos fazem tanto sucesso que logo pedem o diário da garota para ser publicado e assim ajudar outras pessoas que estão passando pela mesma situação. O sucesso do dorama rendeu um episódio especial, resgatando os atores da trama original.

A VERDADEIRA AYA

No ano de 1962 nascia no Japão a garota Kito Aya. Ela tinha uma vida comum até que na adolescência descobriu possuir uma doença incurável. A Degeneração Espinocerebelar é uma doença que faz a pessoa “quebrar” aos poucos, atrofiando o cérebro e tirando a capacidade de se equilibrar, de andar e depois de um tempo, até de falar. A doença não possui cura, mas é possível fazer um tratamento para retardar os sintomas da doença.

O médico de Aya sugere que ela escreva um diário para que ele soubesse como estava o cotidiano dela e ver o quanto a doença afetava a vida da garota. Mas Aya foi além: começou a colocar seus pensamentos, o que sentia e sonhava para o futuro. Haveria um futuro para ela?

O diário de Aya foi publicado no Japão originalmente para a comunidade que possui problemas físicos, mas a história dramática da garota transformou o livro em algo atrativo para todos. O livro foi publicado em 1986, e Aya tinha apenas 23 anos de idade, mas já não conseguia escrever e falava com a ajuda de uma pequena tabuleta que continha todas as letras do alfabeto japonês.

Dois anos após a publicação do livro, Aya faleceu. Até hoje o livro é muito vendido e é visto como um exemplo na superação de problemas. As últimas palavras do diário de Aya são de partir o coração: “O fato de eu estar viva é uma coisa tão encantadora e maravilhosa que me faz querer viver mais e mais”.

(Agradecimentos: Fábio Garcia)